E.E. Profª. Heloisa L. Marasca


O JORNAL DE PAREDE FREINETIANO 
ADAPTAÇÃO CURRICULAR PARA A SEXTA SÉRIE
2012


A proposta de escrita 


Escrita individual



Na apresentação oral, trabalho coletivo 


Timidez...



 Ensaiando...



Projetos 2012

A aproximação da bolsista Janaína com o professor Flávio, responsável pela disciplina Língua Portuguesa para o nono ano, resultou, no mês de maio, na produção de um Jornal Mural, com o tema Adolescência. 
 Os alunos se envolveram com todas as etapas e contaram com a orientação e apoio do professor e da bolsista para a construção e revisão final de seus textos.
Os alunos foram de sala em sala divulgar o trabalho e convidar os alunos para apreciá-lo.
O Jornal Mural foi exposto no pátio da escola e pode ser apreciado por toda a comunidade.








Não menos atuante tem sido a bolsista Marcela junto à professora Elaine que ministra Língua Portuguesa para os alunos de sextos anos. Com uma das turmas a professora desenvolve um trabalho com cinematografia, que terá a preciosa contribuição da Marcela para o avanço no aprendizado dos alunos, sob a orientação da professora Laura. Este trabalho pretende, por meio de discussões a partir de uma outra linguagem - o cinema - incentivar e promover o domínio da escrita.
Na Educação Física, o professor Daniel ,em colaboração com a bolsista Tamires, tem feito adequações nas suas aulas devido às dificuldades com o espaço físico devido às obras na quadra cimentada (cobertura). Mas, como já era intenção desde o início do projeto PIBID na escola, a bolsista Tamires, em parceria com o bolsista Eduardo (Escola Michel), irá desenvolver com o apoio do professor Daniel, outros docentes e a direção escolar, o projeto com a temática Qualidade de Vida. A intenção é desenvolver uma nova mentalidade sobre a prática esportiva e outros hábitos saudáveis no dia a dia das pessoas. O projeto pretende atingir toda a comunidade escolar.
Trabalho docente e gestão escolar

As bolsistas PIBID atuantes na escola Marasca têm tido uma oportunidade ímpar de vivenviar o ambiente escolar em sua totalidade. Reuniões de Planejamento, HTPC, reuniões com pais, além da participação em salas de aula, e não apenas das áreas específicas, tem colaborado para que as experiências tenham sido diversas e enriquecedoras para a compreensão das diferentes dimensões do contexto escolar: a organizacional, a pedagógica e a sócio-político cultural.


Nas primeiras semanas as bolsistas foram convidadas e participaram de uma viagem cultural organizada pela escola com alunos das quintas séries. Têm participado ativamente das aulas e de outras situações de ensino, podendo, assim, contribuir para que a construção do Projeto Político Pedagógico, passo este que será extremamente importante para a formação das futuras professoras e pedagogas.

*************************************************


JANEIRO DE 2012


Concordamos com Foucault quando ele afirma que “escrevemos para transformar o que sabemos e não para transmitir o já sabido” e, por isto,  sentimos a necessidade de socializar o que vivenciamos neste primeiro semestre como bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) na Escola Estadual Profª. Heloisa Lemenhe Marasca.

Através do PIBID entramos em contato com o ambiente escolar sob uma outra perspectiva: não mais como alunas, mas sim como colaboradoras e observadoras da rotina escolar em seus múltiplos aspectos, uma vez que, o PIBID possui como objetivo a valorização da formação acadêmica inicial para a docência em nível superior (licenciaturas) e a inserção dos licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, o que promove a integração entre educação superior e educação básica.
 
Aprofundando-nos mais em nossas experiências, temos que foram muitas as situações que nos chamaram atenção e nos fizeram refletir acerca do processo de ensino, como também sobre a postura dos professores e alunos, dos gestores, dos funcionários, enfim, do ambiente escolar como um todo.

Observamos que algumas práticas se sobressaem e se repetem, sejam elas avaliadas e compreendidas numa perspectiva positiva ou negativa.

O medo de falhar; a indisciplina - que tanto atrapalha principalmente o andamento das aulas; a relação entre professores e alunos; a falta de infra-estrutura tanto das escolas quanto das famílias dos alunos;  a intervenção do Estado por meio de normas que às vezes engessam o trabalho e o dinamismo dos professores; a precária valorização do trabalho dos professores; entre outros inúmeros enfrentamentos, que contribuem inversamente para o bom andamento do trabalho escolar.

Aquilo que constantemente ouvíamos falar, que quando se trata da educação as coisas parecem que “congelam”, ficam estagnadas, e parece difícil fazer com que algumas mudanças ocorram, parece-nos cada vez uma realidade quando compartilhamos as experiências vivenciadas. Entretanto, isso não representa a resposta final, pois conforme já dizia Paulo Freire, “prefiro ser criticado como idealista e sonhador inveterado por continuar, sem relutar, a apostar no ser humano”.

Ao iniciarmos nossa participação no PIBID passamos a fazer dessa realidade e, a partir dela, pretendemos lutar por transformações.

De fato, nosso grupo parece privilegiado, pois a E. E. Heloisa Lemenhe Marasca se localiza muito próxima do campus universitário, o que favorece a interação com o ambiente acadêmico, o que em parte pode ter facilitado nosso contato e maior aproximação.  Acreditamos que este fator é um motivo chave para o diferencial desta escola em comparação com outras que ainda não possuem um diálogo com instituições de ensino superior.
 
 Acreditamos que a adesão das escolas a projetos como este, que estimulam a troca de conhecimentos entre escola e universidade, ocorrem benefícios para ambos os lados: para a escola que recebe novas energias e novos projetos, e para os futuros professores, que podem se aproximar com mais segurança da realidade que os espera.

Iniciamos na escola Marasca em agosto do ano de 2011 e ficamos muito felizes pelo acolhimento que tivemos. Participamos das mais variadas atividades oferecidas pela escola, como observação de aulas, reforços, acompanhamento da rotina da gestão, gincanas, passeios, reuniões de pais, participação em HTPCs, dentre outras situações. Desta forma, no decorrer deste semestre observamos tudo que podíamos e ajudamos sempre que possível.

Participando da rotina do ambiente escolar foi possível ao nosso grupo compreender o quanto está desgastante a profissão de um professor. Se educar, segundo Paulo Freire, é extrair de uma pessoa algo que a transforme e, desta forma, há sempre um desafio para percorrer, uma barreira a ser enfrentada, problemas e soluções novas a cada etapa.
 
Ficamos felizes em perceber que apesar de todas as dificuldades, ainda existem professores que realmente estão comprometidos com seu papel de educadores e não desistem de sua profissão, embora tenham muitas vezes que conviver com uma dura realidade, como é esta que a rede pública de ensino enfrenta.

Cabe também ressaltar o esforço de alguns alunos que apesar de enfrentarem certas complicações, como por exemplo, a obrigação de ter que “cuidar” de seus irmãos ou da casa enquanto seus pais trabalham, ou mesmo por passarem dificuldades financeiras e até psicológicas, permanecem na escola e se esforçam à medida que podem. Enfim, são inúmeros fatores que atrapalham o desenvolvimento pleno dos estudos desses alunos; porém, estas crianças devem ser lembradas e reconhecidas por seus esforços, elas reconhecem a importância da escola para sua vida, seu futuro.

A partir disto, é importante ressaltar que o contato com as orientações acadêmicas e a convivência no ambiente escolar têm contribuído para a formação de uma visão mais crítica acerca de determinadas situações, fazendo-nos pensar, questionar e analisar coletivamente determinados comportamentos que trouxeram inquietações, situações que despertaram opiniões, críticas, novas ideias, aprendizagens e que, muitas vezes, foram  transformadas em propostas e aprendizagem em grupo.
 
Durante esse semestre o contato e as descobertas feitas no ambiente escolar também possibilitaram adquirir uma nova perspectiva: entender que há muitos processos que envolvem a prática pedagógica e há muitos desafios para sua efetivação integral.

A rotina de uma sala de aula, para todos que optam em cursar licenciatura, é impactante, tanto que acreditamos ser essencial, para a formação docente que o aluno da graduação participe não apenas das aulas teóricas, mas principalmente, do contato com a realidade escolar, pois, muitas vezes, a prática traz complicações que a teoria não atinge pela sua impessoalidade.

Nossa participação em sala de aula foi, num primeiro momento difícil, gerando estranhamento, mas pouco a pouco fomos cativando a atenção dos alunos, o respeito dos professores, o reconhecimento da gestão e o carinho de toda a escola.
 
Enfim, conquistamos nosso espaço e estamos contentes com nossa participação na E. E. Heloisa Lemenhe Marasca. Almejamos alcançar, na continuidade do projeto, novas experiências, contribuindo ao máximo por meio de nossa participação, firmando o compromisso de honrar nosso papel dentro e fora da faculdade, e também porque acreditamos que esta experiência está enriquecendo nossa formação!

Para finalizar esta primeira socialização, gostaríamos de refletir um pouco sobre a seguinte história:

“Um antropólogo estava estudando os usos e costumes de uma tribo africana chamada Ubuntu e, quando terminou seu trabalho, propôs uma brincadeira para as crianças: pôs um cesto muito bonito cheio de doces embaixo de uma árvore e propôs às crianças uma corrida. Quem vencesse, ganharia o bonito e delicioso presente. Quando ele disse “já”, todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção ao cesto e dividiram os doces entre si, felizes. O antropólogo ficou surpreso com a atitude. Elas explicaram: ‘Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes? ’ Ele então percebeu a essência daquele povo: não havia competição, mas sim colaboração. Ubuntu significa: ‘Sou quem sou, porque somos todos nós’.”

E assim buscamos e queremos ser, sem distinção de velho ou novo, escola e universidade, aluno e professor; porque somos quem somos porque somos todos nós!



Grupo PIBID Marasca (Ana Carolina, Janaina, Mariana, Tamires e Victória)












Nenhum comentário:

Postar um comentário